As primeiras trinta e seis páginas são ocupadas por uma importante introdução de José Leite de Vasconcelos em torno do manuscrito, aqui publicado pela primeira vez, do mosteiro masculino da Ordem de Císter localizado no concelho de Tarouca (Viseu), cuja construção se iniciou em meados de séc. XII. Tendo sofrido remodelações profundas nos séc. XVI a XVIII, destaca-se pelo novo claustro construído na centúria de oitocentos e projectado pelo arquitecto maltês Carlos Gimach.

Frei Baltasar dos Reis foi cronista cisterciense do séc.XVII que recolheu documentos e escreveu a história do Mosteiro de Salzedas, alguns deles já perdidos. Os seus escritos provocaram alguma polémica entre historiadores, fundamentadas nas regras da Ordem de Císter, cuja narrativa as contribuições de Frei Baltasar geraram controvérsias.